segunda-feira, 8 de abril de 2013

Cagaço

Eu estava por ali, meio em pé, meio encostado. Me sentindo assim sem graça, um pouco andando, um pouco parado. Me sentindo bem sozinho, carente e angustiado. Pensando em como olhar, no que dizer, ou, quem sabe, em como agarrar pra ser querido e desejado.

Tanto pensei que nada fiz e ele, assim como quem não quer nada, com sorriso maroto e jeito de garotão, tirou a moça pra dançar e me deixaram abandonado. E ela gostou da brincadeira. Quis me fazer ciúmes? Não sei. Senti a dor dos inseguros, o medo dos sensíveis... O cagaço dos apaixonados.

Fui embora e não vou ligar. Ela é quem me deve explicações... Ah, como eu queria! Saber dos meus erros e dos meus acertos, saber dos meus encantos... Ah, como eu queria saber se ela é minha, se aquilo foi só charme ou se, realmente, tudo o que nunca houve já passou sem o capricho de sequer ter havido.



terça-feira, 26 de maio de 2009

Saudade

Ah, eu sinto tanta coisa ao mesmo tempo quando penso nela. Dá vontade de rir, de chorar, de agarrar, de fugir. Tudo junto. Mas é tanto sentimento que no final das contas eu não saio do lugar. Cada coisa empurra pra um lado e no fim tudo se anula, menos a saudade. E eu fico aqui, parado. Sozinho.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Hey Jude e Idiossincrasias

Estou cada vez mais ligado no Facebook. Não sei como não comecei a usar aquilo antes, tudo é bacana. Muito interativo mesmo. Também tenho mania de ficar fazendo todo quiz que aparece pela frente. Bem, nem todos, mas enfim, aqueles que parecem mais interessantes. Hoje fiz, dentre outros, o "which Beatles' song are you?" O resultado: Hey Jude.

Difícil falar em música favorita dos Beatles, mas Hey Jude é, sem dúvida, das que mais se comunica comigo emocionalmente. Por tudo. O arranjo, a interpretação deles, a letra. Realmente não é difícil eu me emocionar bastante escutando esse som. Tem algumas coisas que parece que simplesmente desligam qualquer defesa e/ou filtro que eu possa ter. Vão direto para o coração.

Geralmente é algum texto bonito ou, mais facilmente, um filme bem feito e, mais facilmente ainda, uma música. Tudo que está em volta some e eu fico lá, ligadão. Isso sem falar na beleza. Como eu sou refém do belo! Pode ser uma pintura, uma fotografia, um por do sol, um bicho correndo, selvagem. Mas quando é uma mulher, então... Com graça, romance e, principalmente, pequenas idiossincrasias. Adoro essa palavra.

No Michaelis (o que apareceu primeiro no Google) está definida assim:

1 Med Constituição individual, em virtude da qual cada indivíduo sofre diferentemente os efeitos da mesma causa. 2 Psicol Qualquer detalhe de conduta peculiar a um indivíduo determinado e que não possa ser atribuído a processos psicológicos gerais, bem conhecidos.

Resumindo, escolhi essa palavra pra definir aquela coisa única que só determinada mulher tem e ou faz daquele jeito. Pode ser um sorriso maroto, um olhar 43, um jeitinho de andar, de mexer as mãos, um brilho, um cheiro. As idiossincrasias é que podem fazer uma mulher bela - ou não - ao menos aos meus olhos. E sempre que me apaixono, é por todas essas pequenas coisas e, muito provavelmente, justamente por causa delas! Quando acaba, é do que eu sinto mais falta.

Daquele jeito de se vestir que só ela tinha, do cheiro que ninguém consegue duplicar, da gargalhada que soltava vendo alguma coisa na tv, do grito quando escorregava ou ia derrubar alguma coisa das mãos, do jeito que arregalava os olhos surpresa com algumas situações... Me prendo a esses momentos e fica difícil esquecer. Assim como me prendo a cada detalhe do Ringo tocando Hey Jude. O timbre dos pratos, o jeito que os tambores estão afinados, bem abafados...

Eu sou, com certeza, do micro e não do macro. Presto atenção em tudo e me encanto, ou me decepciono, por conta de cada uma das pequenas coisas que fazem o todo. Quanto mais especiais, mais prendem a minha atenção. As vezes tenho até dificuldade de abstrair pra apreciar o conjunto da obra. Preciso primeiro escutar o Paul, depois John, depois George, depois Ringo - não necessariamente nessa ordem - e só quando percebo que todos soam muito bem, é que consigo ouvir o todo com o coração aberto.

Engraçado como com as coisas funcionam de um jeito diferente nos meus relacionamentos: fico tão preso nas idiossincrasias que me encantam, que tenho dificuldade para perceber o que é o verdadeiro todo e qual o impacto que ele vai ter sobre mim. Não quero abandonar essa capacidade de enxergar - e me encantar cegamente - por cada um dos mínimos detalhes, mas preciso me concentrar mais para não me prender a eles e sim me apaixonar - ou não - pelo resultado final do que todas aquelas idiossincrasias significam juntas.




domingo, 3 de maio de 2009

Uneasiness

Já tá um pouco tarde pra começar a escrever (1:39 da segunda-feira), mas tem alguma coisa ruim que eu preciso botar pra fora, ou talvez alguma coisa boa que eu preciso botar pra dentro. Só sei que tem que mudar; do jeito que tá não dá pra ficar. To me sentindo meio peixe fora d'água ultimamente. Can't fit in; sempre falta alguma coisa. It's a feeling of uneasiness. Não tem palavra em português pra expressar isso, mas no Merriam-Webster uneasiness tá definida assim: "causing physical or mental discomfort".

Realmente é isso... Não importa o que eu faça, ou onde eu esteja, sempre tem alguma inquietação de fundo, alguma coisa que me impede de curtir totalmente o momento. Outro dia tive uma dificuldade absurda para ouvir música. Pra mim, música não é uma distração; é vida. Quando eu coloco headphones e não consigo me desligar de qualquer pensamento que esteja passando na minha cabeça, pra simplesmente me deixar dominar pela música, é porque algo está errado.

Falando em música, eu tenho escutado muito Valerie dos Zutons, Heartstrong do Silvertide e Girl I Wanna Lay You Down da Animal Liberation Orchestra. Eu gosto delas por inteiro, mas cada uma tem uma frase que eu canto do fundo da alma; respectivamente:

Valerie: "won't you come on over... stop making a fool out of me!"
Heartstrong: "I just can't stand to see you smile from a picture frame..."
Lay You Down: "But this feeling that I have for you is burning up my world!"

Então resolvi pegar o violão e tocar e cantar e cantar e tocar... E fez um bem danado, né? Acho que nunca cantei tão bem. Especialmente sábado a noite. Botei todos os demônios pra fora e até me perguntaram se eu fazia aula de canto. Mas foi no bom sentido, porque também ganhei elogios. O trabalho também tá indo muito bem. Bastante diferente dos meus posts anteriores. Consegui voltar ao estilo "trator". Bem objetivo, esforçado, rápido, dinâmico.

Esse texto tá um pouco contraditório, mas na verdade é simples: quando estou concentrado, tudo vai bem. E eu tenho conseguido fazer isso ou trabalhando duro, ou cantando alto de olhos fechados. Nas outras vezes, everything goes a little uneasy. Parece difícil equilibrar e conseguir sucesso em tudo. A boa notícia é que me parece que o problema não é mais ansiedade. Essa etapa deve ter sido superada. Dá até medo de comemorar, mas estou mesmo aparando as arestas e crescendo.

O resultado final, ainda não sei. Na verdade, já estou começando a me questionar se existe final nisso tudo... O negócio é equilibrar as emoções no dia-a-dia (ainda tem hífen depois reforma?) e esse é o grande desafio. Sair dos ups and downs e ficar tranquilo no meio termo. Sem essa inquietação de ter que procurar grandes paixões, grandes desafios, grandes novidades, de precisar de grandes conquistas...

Talvez o problema, realmente, ainda seja a ansiedade... Mas agora é diferente. Não é que eu não consiga me livrar dela; é que eu consegui mas eu sinto falta! Meta: Aprender a viver sem a ansiedade e entender que eu tenho mania de procurar coisas, pessoas e situações que me trazem ansiedade porque estou acostumado a esse sentimento e isso me coloca numa zona de conforto que, na verdade, não é nem um pouco saudável a longo prazo.

segunda-feira, 9 de março de 2009

O desafio do ano

Eu to aqui mais ou menos, meio desanimado. As vezes tenho dúvida se escolhi a profissão certa - o que por vezes questiono - e quase sempre tenho dúvidas a respeito de estar ou não no lugar certo. O que é pior: não sei nem mesmo qual é o lugar certo, qual o ideal a ser perseguido. Pra mim é estranho não ter um curso natural das coisas pré-estabelecido.

Quando estamos no colégio, já sabemos que depois do primeiro ano vem o segundo, depois do segundo vem o terceiro... Ou então na universidade, em que a certeza dos cinco anos de curso é sempre presente. A meta é o próximo ano, o caminho para isso é o estudo. Tão certo quanto dois mais dois são quatro. Eu sempre reclamei de regra na vida, agora sinto falta delas.

O que será do ano que vem? Não há estrada pronta, nem garantia do resultado. Eu tenho um bom salário, mas poucas - na minha visão - perspectivas de crescimento onde estou. Para crescer, preciso fazer o escritório crescer. É complicado. Gostaria de olhar pra frente e ver os degraus da escada prontos. Subir já é bastante difícil. Imagina então olhar pra frente e não ver escada alguma... O fato é que fico confuso e desanimado diante da ausência de planos.

O grande problema disso tudo é que ainda não consegui decifrar se a questão é racional ou emocional! É muito fácil colocar a culpa nas coisas que estão a nossa volta, mas talvez a grande dificuldade seja a minha própria incapacidade de conviver com a incerteza, o que cá entre nós, é coisa da vida e eu não vou poder mudar em qualquer lugar que esteja.

Mais do que conviver com a incerteza, é também uma dificuldade de aplicar disciplina ao dia-a-dia e abrir mão de querer viver somente quando há prazer em tudo que se faz e torcer o nariz para todas as outras atividades burocráticas... O prazer é uma sensação e, se é sensação, só pode ser efêmero.

Não posso esperar ocupar o dia com essa sensação, muito menos me deixar dominar por ela no plano das idéias. A frustração é grande depois e eu vinha me utilizando bastante desse mecanismo de defesa. Fugia, mesmo, para o mundo das idéias. Planos mirabolantes, desejos. Assumia dívidas... Coisa de maluco.

Estou fazendo terapia e aprendendo bastante. Depois conto mais, mas em resumo, são esses os desafios que 2009 me apresenta. Talvez ninguém entenda nada, mas pra mim mesmo eu já me expliquei. Basta.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

as seis palavras

Hoje eu olhei nos olhos dela e tinha tanta coisa pra dizer, mas não consegui falar nada. Acho que eram todas coisas que não combinam com as palavras. Eram de ver e não de ouvir. De sentir e não de entender. Sentimento não tem razão, não tem lógica. A gente sente e pronto. E não dá pra guardar, nem pra esconder. Foi feito pra dividir, pra mostrar, pra contagiar, pra explodir. Eu queria os olhos dela por vários minutos, horas, dias ininterruptos... Só para olhar lá, bem no fundo, e fazer ela entender tudo. Todas as coisas que eu não consigo falar, que não consigo escrever... Toda a certeza que, por mais que eu segure as mãozinhas dela com força, não consigo transmitir. Eu queria mandar no tempo, pra fazer o mundo parar com ela nos meus braços. Até que o nosso sentimento fosse uma coisa só, por osmose, fusão, ou qualquer meio cósmico de transmissão de energia que eu não sei nem se existe... Enfim, fui quase até a física quântica só pra explicar - e talvez pra eu mesmo entender - o que poderia ser dito com apenas seis palavras: eu quero ela do meu lado. Pra poder ficar feliz vendo aquele sorriso, pra poder ficar em paz sentindo aquele cheiro, pra me sentir protegido naquele abraço, pra ter prazer com aquele beijo... E pra devolver tudo em dobro pra ela, que sem esforço nenhum, me faz feliz só por existir de um jeito tão único e especial que eu precisaria escrever por mais duas horas pra tentar começar a explicar.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

um bom ano

O próximo ano está quase chegando. Tudo bem, a frase foi só um cliché, uma tentativa de não cair no lugar ainda mais comum do Tim Maia: "Mais um ano se passou". Só que é a verdade e acho que por mais criativo que eu seja, não existe outra forma de começar a falar sobre tudo que aconteceu, sobre mais um ciclo que se encerra. Um ciclo, sim. Por alguma convenção cármica, religiosa, que vem lá dos primórdios, quando alguém decidiu dividir o tempo dessa forma. Mais um ano se passou.

Foi o ano mais rico da minha vida. Isso eu posso falar assim, de cara, sem dúvida nenhuma. Eu nunca passei por tantas coisas, boas e ruins, nos ciclos anteriores. Houve 1999, mas foi diferente da música do Prince. Meu pai morreu. De repente, sem avisar. Foi morto, na verdade, mas isso não faz muita diferença. Nunca fez. O fato é que se foi. Porrada na cara. Eu me lembro muito do ano 2000, meu "day after". Com 17 anos, cara limpa, tentando encarar a vida de frente. O que você vai ser quando crescer?

Eu não percebi que eu ainda tinha que crescer. Que eu ainda podia crescer, que eu ainda devia que ser filho, ainda que só da minha mãe, com todas as dificuldades que isso pudesse representar. Não. Eu não tinha que assumir nada, não tinha que esquecer do meu amor pela arte, pela vida. Não tinha que pensar na segurança, nas contas, não tinha que ser pai de porra nenhuma. Mas foi exatamente isso que eu fiz.

Até que depois de algum tempo, tive 2005 e 2006. Foda. Acabar a faculdade, ajudar a construir o sonho do escritório - em que eu era estagiário, mas assumi como se dono fosse - o famigerado exame da OAB, trabalho de conclusão. E no meio disso tudo a Camila. Aproveitava todos os bons momentos e me esforçava pra fingir ser alguma outra coisa diferente, boa para ela, nos meus momentos ruins. Tudo medo. De perder alguém que, na verdade, eu sequer tinha conhecido. Ela não foi a mulher da minha vida. Mas com certeza foi quem me fez acreditar nesse mito pela primeira vez.

Tudo isso pra chegar em 2008 e tentar explicar porque, mesmo com todas essas coisas que falei dos anos anteriores, este ano foi o mais maluco e o mais rico de todos. Eu vou me lembrar dele pra sempre, e não por um ou dois detalhes ou acontecimentos marcantes, mas por um monte deles. Aqui, finalmente, eu me vi como eu sou. Eu sempre tinha me encarado como um prédio em construção. Em 2008 eu pensei um pouco em mim como um prédio precisando de reformas.

O que eu to tentando dizer é que, de alguma forma, eu não olhava para o presente. A minha visão estava sempre lá, no futuro. A minha felicidade estava sempre lá, adiante. Os meus objetivos, as minhas metas, os meus planos, eram todos da minha família feliz quando eu tiver 40 ou 50 anos de idade. A minha viagem ideal não era o meu reveillon desse ano ou o carnaval do ano que vem. Era alguma foto de cartão postal, em algum ano distante do futuro feliz.

Mas em 2008 não! Nesse ano eu me dei esses prazeres. Muitas vezes o meu dia legal foi hoje, a minha viagem bacana foi o próximo feriado, a minha refeição perfeita foi aquela que eu estava fazendo, naquele exato minuto! Eu não menosprezei isso por nenhum instante, não achei que aqueles prazeres eram pequenos perto dos meus planos mirabolantes, dos meus ideais, dos meus sonhos.

Mas muitas outras vezes, o hoje foi uma merda imensa. Um emaranhado de problemas, de dívidas, de obstáculos, de solidão, de medo. Mas eu lutei. Não me permiti sonhar, não. Levei tudo isso no peito. Toda a insatisfação, o desgosto, as incertezas. Eu me dei todas essas dores, assim como me dei todos os prazeres. E com isso encontrei todas as minhas fraquezas. Todas as coisas que me faziam fugir da dor do presente para um bem estar utópico, num futuro que ainda não existe.

Consegui perceber quando estou tranquilo, quando estou eufórico, quando estou depressivo. E consegui entender, na maior parte das vezes, a razão de todos esses momentos acontecerem. Fui quem eu sou. Com muito medo, sim, mas fui quem eu sou. E vivi. Consegui romper algumas barreiras e expor melhor as minhas virtudes e as minhas limitações. Ganhei ainda mais respeito e reconhecimento. Responsabilidades, também. Fui conquistador, ousado, muitas vezes eufórico, outras vezes depressivo.

Vivi intensamente as amizades, os romances, as responsabilidades, os sucessos e os fracassos. E paguei as contas assim: a da euforia com cheque especial, a da depressão com terapia. Hoje eu acho que estou livre da euforia e da depressão, mas o cheque especial e a terapia persistem. Só que com consciência. De um jeito diferente. Mais presente, mais real, mais verdadeiro. Eu honestamente não sei onde isso vai dar, mas a grande mágica disso tudo é que estou começando a perceber que, de fato, eu não preciso saber. Eu não devo saber, não devo imaginar. Só quero viver cada dia da melhor forma que eu puder.

E assim, como não poderia deixar de ser em toda grande história, encontrei uma grande paixão. Alguém com quem eu pude dividir toda a alegria do momento presente, com quem eu fui feliz dançando sozinho na festa, cantando sozinho na balada vazia. Alguém com quem eu tive prazer - e que teve prazer comigo - em assaltar a geladeira já quase no começo da manhã.

Tudo o que nos uniu, tudo o que me fez ver tanto brilho naqueles olhos, tanta graça naquele sorriso, tanta vida e tanto encanto naqueles gestos, foi uma coisa só: a verdade. Tão intensa e ao mesmo tempo tão simples como só a verdade pode ser. Com ela, eu nunca fui pra onde eu não quis ir, eu nunca vesti o que eu não me sinto confortável em vestir, eu nunca comprei o que eu não podia pagar. E mesmo assim, eu não me lembro de ter dado tanto de mim para nenhuma outra pessoa.

Também não me lembro de ter tido tanto medo, como eu tenho agora, de que o que eu sou pode não ser o bastante para tê-la ao meu lado. Mas hoje eu sei que viver consciente implica em conviver com essas dúvidas e eu decidi escolher a consciência, com todos os medos e incertezas que ela pode trazer. Não está sendo nada fácil, mas é o meu novo caminho - o único caminho - e eu estou profundamente, verdadeiramente, comprometido com ele.