quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

as seis palavras

Hoje eu olhei nos olhos dela e tinha tanta coisa pra dizer, mas não consegui falar nada. Acho que eram todas coisas que não combinam com as palavras. Eram de ver e não de ouvir. De sentir e não de entender. Sentimento não tem razão, não tem lógica. A gente sente e pronto. E não dá pra guardar, nem pra esconder. Foi feito pra dividir, pra mostrar, pra contagiar, pra explodir. Eu queria os olhos dela por vários minutos, horas, dias ininterruptos... Só para olhar lá, bem no fundo, e fazer ela entender tudo. Todas as coisas que eu não consigo falar, que não consigo escrever... Toda a certeza que, por mais que eu segure as mãozinhas dela com força, não consigo transmitir. Eu queria mandar no tempo, pra fazer o mundo parar com ela nos meus braços. Até que o nosso sentimento fosse uma coisa só, por osmose, fusão, ou qualquer meio cósmico de transmissão de energia que eu não sei nem se existe... Enfim, fui quase até a física quântica só pra explicar - e talvez pra eu mesmo entender - o que poderia ser dito com apenas seis palavras: eu quero ela do meu lado. Pra poder ficar feliz vendo aquele sorriso, pra poder ficar em paz sentindo aquele cheiro, pra me sentir protegido naquele abraço, pra ter prazer com aquele beijo... E pra devolver tudo em dobro pra ela, que sem esforço nenhum, me faz feliz só por existir de um jeito tão único e especial que eu precisaria escrever por mais duas horas pra tentar começar a explicar.

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