domingo, 16 de março de 2008

Ultimamente tem sido difícil ficar sozinho e eu me pergunto por que. Há o gato, os videos, as músicas, a casa que eu construí, os móveis que eu coloquei dentro dela, a cama nova. A roupa de cama nova. O computador novo em que escrevo, me lembro do frio na barriga quando carreguei ele loja afora. Não, eu não estava fugindo, foi pago. Era só a emoção da conquista.

Tudo parece ir bem. De vez em quando, viro amigo do cheque especial, ou dos empréstimos… Mas isso passa. É só o custo de querer tudo na frente, de querer estar sempre na frente do tempo, da ordem das coisas. Muitas vezes o ritmo é rápido, mas em muitas outras ocasiões sou eu quem acelero ainda mais. E depois, pra diminuir a ansiedade, algumas pílulas da alegria não fazem mal a ninguém.

Estranho, não é? Hoje eu levantei a tampa da privada e a gata voou lá pra dentro. Como se ela não soubesse que havia água. Bom, acho que na verdade ela não sabia… Peguei alguma toalha mais velha que encontrei e fiquei secando a menina. Perda de tempo, eu pensei… Será?

Por que a pressa? Por que sentir culpa ao passar o domingo inteiro dentro de casa sem fazer absolutamente nada… A vida é mesmo curta, como dizem? Antes os textos tinham mais respostas, hoje só encontro perguntas. Achei que fosse crescer e ficar mais forte, mais confiante, mais rico, mais poderoso. Quanta ilusão…

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